Flanelinhas jogam solvente em carro e água em motorista

Motoristas que estacionam os carros no Centro de Vitória contam que têm medo dos flanelinhas. O professor de Química Antônio Pitol teve seu carro avariado porque não quis pagar o preço que o guardador pedia. “Ele não havia vigiado, por isso me recusei a dar o dinheiro. O jovem jogou algum solvente no carro e, quando estava chegando em casa, a tinta começou a soltar”, disse. Segundo Pitol, o conserto do carro ficou em R$ 600,00. O microempresário João Adriano Musso conta que guardadores de carro tentaram impedi-lo de estacionar em uma vaga que estaria ‘reservada’. “Eles me pediram para tirar o carro e me neguei, porque a vaga é pública. Foi quando um deles jogou um balde com água para cima de mim”, relatou. De acordo com motoristas que diariamente estacionam os veículos no Centro, os flanelinhas cobram taxa a partir de R$ 2,00. O comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar, Gustavo de Souza Alves, disse que o policiamento no Centro é realizado por 60 homens. “As pessoas devem denunciar, caso sofram qualquer tipo de agressão ou ameaça”. Em entrevista para A Tribuna em 25 de janeiro, o delegado Emerson Gonçalves da Rocha, titular da Superintendência de Polícia Metropolitana (SPM), disse que policiais à paisana estão investigando os flanelinhas que intimidam motoristas. De posse de filmadoras e máquinas fotográficas e usando carros descaracterizados, os policiais iniciaram a investigação no dia 23 de janeiro. O trabalho teve início em Vitória, mas o delegado afirmou que será estendido para Vila Velha, Cariacica, Serra e Guarapari, nos próximos dias.

FONTE: A Tribuna (Vitória), 7 de fevereiro de 2006
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