Copacabana Legal deteve 655 suspeitos em 3 meses

Três meses depois do início do programa Copacabana Legal, um balanço da operação mostra que 655 pessoas foram detidas e encaminhadas às delegacias do bairro. Destas, 33 foram presas por terem mandado de prisão expedido pela Justiça. Dezenove armas foram apreendidas pelos policiais. Com o apoio da Corregedoria do Detran, da CET-Rio e da Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), as diversas blitze realizadas neste período recolheram 343 carros e 145 motos. Por infrações, documentação irregular e estacionamento ilegal foram aplicadas 16.576 multas de trânsito. Cinqüenta e três flanelinhas também foram autuados. Inspirado no programa Tolerância Zero de Nova Iorque, o objetivo da ação conjunta é a repressão aos pequenos delitos, como comércio ilegal, flanelinhas, bares barulhentos, estacionamento irregular, mendigos e prostituição. Moradores e comerciantes do bairro também têm participado com freqüência de reuniões com o comandante do 19º BPM, responsável pelo policiamento da área, para fazer ajustes à operação. Segundo o tenente-coronel Celso Nogueira, o projeto-piloto tem dado bons resultados e continuará por tempo indeterminado. A idéia é estender o programa para outros bairros. Para o presidente da Associação de Moradores e Amigos de Copacabana (AmaCopa), Synésio D’Almeida Junior, as ações policiais de repressão estão trazendo uma sensação maior de segurança. Esta não é a primeira tentativa do poder público para combater a desordem no bairro. O secretário municipal de Assistência Social, Marcelo Garcia, informou que o trabalho de abordagem e acolhimento da população de rua é rotineiro. Em janeiro deste ano, a secretaria fez 3.887 abordagens em toda a Zona Sul. Não há número específico para Copacabana. Semana passada, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente deteve 46 pessoas em operação contra a prostituição em Copacabana. A denúncia era de que nove apartamentos de um prédio na avenida Princesa Isabel funcionariam como pontos de prostituição.

FONTE: Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), 20 de fevereiro de 2006
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