Projeto quer proibir cobrança de tarifa
O vereador Elber Batalha Filho apresentou na última segunda-feira, dia 20, uma projeto de lei para proibir a cobrança de tarifa em estacionamentos de universidades, shoppings e mercados. O principal intuito é vetar, principalmente, a cobrança efetuada no novo estacionamento oferecido aos estudantes pela Universidade Tiradentes (Unit). Hoje, a universidade cobra R$1,50 por quatro horas de uso do espaço. Quando esse tempo é ultrapassado, mais R$0,50 é acrescentado à cada hora excedida.

De acordo com a assessora de Comunicação da UNIT, Simone Antoniaci Tuzzo, a universidade é prestadora de serviços educacionais e não tem por obrigação disponibilizar estacionamento aos alunos que se deslocam com veículos próprios. Quanto à proposição de uma lei para proibir a cobrança, a assessora informa que é sabido que a competência para legislar sobre propriedade privada é da União. Sendo assim, a universidade não acredita na continuidade do intento.

Toda essa alteração está sendo realizada porque, este ano, teve início a expansão do Campus Aracaju-Farolândia, que contará com mais cinco prédios para laboratórios e salas de aula. Com isso, as avenidas internas da universidade, que antes eram utilizadas como espaço para o estacionamento de veículos, serão substituídas por prédios educacionais. Por conta dessas alterações que serão feitas na estrutura da universidade, a administração decidiu construir o estacionamento ao lado das instalações da Unit e alterar o sistema de cobrança.

"É fato que, por isso, o estacionamento interno ia acabar. A decisão de criar um espaço alternativo surgiu para o próprio conforto do alunado e para evitar um caos nas imediações do bairro Farolândia", explica. Além disso, Simone Tuzzo informa que esse não é um projeto assistencialista como tantos outros da universidade. Nesse caso, o aluno escolhe se quer ou não ser cliente. Hoje, no interior da Unit só são estacionados os carros dos funcionários, professores e visitantes. Até o ano passado, os estudantes compravam um adesivo de identificação, que custava R$100, para todo o semestre letivo e colocavam seus carros em qualquer lugar dentro dos muros da instituição.

"Ocorre que todo esse conforto traz custos para a universidade, tais como energia, segurança, limpeza, seguro, impostos e a própria aquisição do terreno. Então, esses custos têm de ser repassados para os clientes", explica a assessora Simone Tuzzo. No entanto, muitos alunos não estão dispostos a arcar com os gastos da universidade. A estudante de Direito, Viviane Magali Barros, é uma delas. "Sai muito mais caro", explica. Ela decidiu que esse ano vai colocar seu carro em um estacionamento particular improvisado em um terreno baldio ao lado da universidade. "Lá, eu pago R$2 por todo o turno. Como fico a manhã e tarde aqui, é muito mais vantajoso", revela.

Já o estudante do 8º período de Direito, Adalberto Neto, conta que a novidade não o agradou, mas a comodidade o atraiu. "Eu achava que iam criar esse estacionamento, mas que o pagamento seria o mesmo. Acabou ficando mais caro, mas é mais prático", revela. Mesmo assim, ele acha que a segurança deixa a desejar. "Se alguém entrar aqui com um carro, ela pode facilmente roubar e sair com outro", conta. Isso porque, Adalberto explica, o bilhete que a pessoa recebe não valida o carro, apenas a entrada. "A gente sabe que tem câmaras e seguranças, mas isso não evite mais roubos hoje em dia", salienta.
v o l t a r