Em São Paulo, preço por vaga subiu 16% em relação a 2008.
Houve um tempo que o sonho de consumo do brasileiro era comprar um carro. Hoje em dia, o sonho é outro. É ter uma vaga para deixar o carro. Com tanta gente procurando parar o carro, o preço dos estacionamentos particulares disparou. O valor mensal é mais alto que muito condomínio.
Nem a placa de “proibido estacionar”, nem a pintura no chão indicando vaga para deficientes intimidaram o motorista. Ele foi ao banco e deixou o carro ali mesmo: “Em um lugar como esse o estacionamento é caro. Não achei vaga e parei em local proibido”, justifica.
A pressa é desculpa comum para não parar no estacionamento e economizar. “Tenho que pagar uma hora que nem sei quanto está por causa de dois minutinhos”, reclama o motorista.
Não há desconto. A hora em um estacionamento sai a R$ 7. Parar na região da Avenida Paulista custa bem mais: entre R$ 10 e R$ 15.
Uma pesquisa feita em 140 países revelou o que os paulistanos experimentam todos os dias: São Paulo está entre as cidades com estacionamentos mais caros do mundo. No Brasil, só perde para o Rio de Janeiro.
Londres é a primeira no ranking. Uma vaga custa mais de US$ 1 mil por mês, ou algo em torno de R$ 1,9 mil. Em seguida aparecem Amsterdã e Hong Kong. São Paulo ocupa a posição 65. Na América Latina está em quarto lugar. O estacionamento mensal na capital paulista custa em média US$ 140 ou R$ 262.
O Rio de Janeiro não entrou no ranking, mas na comparação com São Paulo o valor da primeira hora de estacionamento é 50% mais cara na capital fluminense. As vagas mensais, 28%. No Centro do Rio de Janeiro, uma vaga pode custar bem mais: R$ 550 por mês.
“No Rio de Janeiro as características são diferentes. Há muito menos terrenos disponíveis para estacionamento. Isso faz com que valores sejam mais caros”, justifica o presidente da Colliers / Brasil Ricardo Betancourt.
Márcia fica aliviada toda vez que para na garagem de casa. No trabalho, se quiser guardar o carro em um estacionamento tem que desembolsar R$ 400 por mês: “Valor de um condomínio que se paga por mês. É muito alto”.
Os motoristas podem preparar o bolso. “Isso vai piorar. Estimamos deste ano para ano que vem uma piora de 20% nos preços”, calcula o presidente da Colliers / Brasil Ricardo Betancourt.
Em outras capitais, o preço do estacionamento também é alto. Em Belo Horizonte, por exemplo, motorista chega a pagar R$ 8 por hora. O valor da diária chega a R$ 48. Em Porto Alegre, a primeira hora é R$ 6.
Fonte - Bom Dia Brasil de 28/07/2009 |
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