Flanelinhas seguem agindo irregularmente nas ruas do Rio
Motorista que estaciona sem talão corre o risco de pagar multa.

A farra dos flanelinhas nas ruas do Rio. Pelo segundo dia seguido, o RJTV flagrou irregularidades nas áreas de estacionamento rotativo. Desta vez, na Zona Norte.

Na Rua Vinte e Oito de Setembro, em Vila Isabel, um flanelinha cobrou R$ 1 por uma parada rápida. O talão não foi preenchido. O motorista foi orientado a deixar o papel no painel do carro e devolvê-lo quando fosse embora.

Na Rua Soriano de Souza, na Tijuca, havia dois guardadores no mesmo quarteirão. Um deles cobrou R$ 2, mesmo sem talão.

Nesses dois bairros, o estacionamento ainda é explorado por guardadores autônomos. Para acabar com as irregularidades, a prefeitura prometeu substituir todos os flanelinhas por empresas privadas. Mas até agora a mudança só aconteceu em oito bairros da Zona Sul.

A Embrapark foi a empresa vencedora da licitação. E nem assim a situação melhorou.
Nesta terça-feira (18), no Leblon, flanelinhas trabalhavam em áreas que deveriam ser administradas pela empresa. Na Gávea, em frente ao Hospital Miguel Couto, não havia guardadores regularizados. Sem ter onde comprar o talão, motoristas estavam desconfiados.

"Essa é a incoerência que o município nos dá. Não tem ninguém para cobrar e, ao mesmo tempo, passa alguém e multa a gente", reclama um motorista.

E o motorista pode ser multado, sim. São R$ 53,2 para quem estaciona sem o talão. A prefeitura ainda não tem uma data definida para regularizar as outras áreas da cidade. A Secretaria municipal de Transportes informou que até o fim do ano deve anunciar a licitação para as 34 mil vagas restantes.

O secretário especial de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, determinou que a Guarda Municipal faça um levantamento dos locais que estão sem operador para que a empresa cumpra o contrato.

"A pessoa que se sente lesada por um flanelinha pode, no mesmo momento, chamar qualquer tipo de autoridade, como um policial ou um guarda municipal, e pedir que aquela pessoa seja levada à delegacia por extorsão", orienta Rodrigo Bethlem.

A Secretaria municipal de Transportes informou que, se o motorista não conseguir comprar o talão e for multado, pode recorrer. Segundo a Embrapark, a situação deve ser normalizada até o fim do mês com a contratação de cem soldados da reserva que irão trabalhar como guardadores.
FONTE: RJTV 2ª Edição - 19/08/2009
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