Motoristas temem estragos ao deixar carro em estacionamento
Há muitas dúvidas sobre as regras. Quem estaciona, sabe como está deixando o carro, mas não sabe como vai encontrá-lo.

Uma desagradável surpresa para um motorista. Depois de tirar o carro do estacionamento, Fábio Machado descobriu um arranhão na lateral. Para consertar, teve desembolsar R$ 600: “Eles alegaram que não tinha sido lá. Acabei desistindo e mandei arrumar o carro”.

Uma desagradável surpresa para muitos motoristas. O andar de cima de um estacionamento de São Paulo desabou na semana passada. Ao todo, 32 carros caíram sobre outros três. O alvará do prédio só permitia o funcionamento no térreo.

Parar o carro no estacionamento é daquelas coisas que fazem parte da rotina mas que, ao mesmo tempo, deixam muita gente com a pulga atrás da orelha. O ato de entregar a chave dá início a uma relação de confiança, em que há mais dúvidas do que certezas.

“Para falar bem a verdade não sei quais são os meus direitos e quais são os meus deveres”, admite o publicitário Pedro Seidl.

Por exemplo: todo estacionamento tem de ter seguro? Não. Depende da cidade. Quem determina é a lei municipal.

Outra questão: o estacionamento é responsável por objetos deixados dentro do carro? O Procon diz que sim.

“O estacionamento tem obrigação de guarda integral do veículo, sendo responsável tanto pelos danos de avarias como também por furtos ou danos aos acessórios”, reforça o diretor do Procon-SP Roberto Pfeiffer.

Para evitar problemas, a estudante Bruna Farah Barabulini tem uma dica: “Sempre que vou parar no estacionamento, aviso se eu tenho GPS. Se tenho algo mais de valor dentro do carro e sempre tem notinha na mão deles que eles anotam e nunca fico preocupada”.

O dono do carro que só descobre o problema depois ainda tem o direito de reclamar?

“Caso ele não checou por algum motivo, pode ainda cobrar do estacionamento, mas caberá a ele a comprovação de que aquele dano foi no estacionamento ou não. A comprovação se dá normalmente por testemunhas”, diz o diretor do Procon-SP Roberto Pfeiffer.

Na hora de exigir os direitos, guardar o ticket é fundamental. Antes de parar, olho nos detalhes.

“A estrutura do estacionamento, pessoal uniformizado, equipe séria e evitar deixar carro na rua , flanelinha. O custo acaba sendo maior na rua, de ter carro roubado ou depredado”, sugere o economista Robson Leiva.

O Procon esclarece: não existe lei que obrigue os estacionamentos a oferecer tolerância de tempo para a permanência sem cobrança. Mas isso tem que estar bem claro para o consumidor. Caso contrário, o consumidor pode ser recusar a pagar por uma hora, por exemplo, quando ficou apenas cinco minutos.
FONTE: Bom Dia Brasil
v o l t a r